Um colégio pela conscientização da Síndrome de Down

Alunos do São Luiz aderem à campanha mundial “Lots Of Socks”

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21.03.2022 - 11:11:25 | 4 minutos de leitura

Autor - Imprensa São Luiz
Um colégio pela conscientização da Síndrome de Down

O sinal que anuncia o início das aulas ainda nem havia tocado, mas os alunos já estavam lá, no pátio do Colégio São Luiz, com meias coloridas e descasadas. Pequenos ou grandes, todos sabiam o significado deste gesto nesta segunda-feira, 21 de março, Dia Internacional da Conscientização da Síndrome de Down. Desde explicações muito simples, vindas dos alunos da Educação Infantil, até a referência aos cromossomos, anunciadas pelos estudantes do Ensino Médio, o respeito às diferenças e a necessidade de inclusão se tornou um conhecimento para todos. 
A enfermeira Cynthia Clare Carpes dos Santos, ao observar o movimento, não conteve a alegria. Foi dela a ideia de propor ao colégio a campanha mundial “Lots Of Socks”, inspirada em seu filho Felipe, de 7 anos, um menino de olhos escuros e sorriso largo. 
“Fiz contato com as mães da sala do Felipe e pedi para que levassem seus filhos nesta segunda-feira com meias coloridas ou descasadas, lembrando a trissomia. Como a Síndrome de Down tem um cromossomo a mais, significa que ele não tem par e esta é a ideia das meias diferentes”, explica Cynthia. 
A proposta, aceita prontamente pelos familiares, foi compartilhada com a professora do 1º Ano da Educação Fundamental, Ivana Pühler. O que a mãe não esperava era que esse movimento unisse toda a comunidade escolar, marcando este início de semana como um grande movimento pelo respeito à diversidade e em prol da inclusão. 
“É uma situação difícil inicialmente, um processo de luto. Depois, vemos a capacidade da criança em ser acolhida e de trazer coisas boas. Independente da dificuldade, existe ali um indivíduo com inúmeras habilidades. Para além das meias coloridas e, independente da questão genética, as pessoas devem ser respeitadas. Hoje a escola vive deste amor que é contagiante, porque toca o coração. O Felipe é um menino cheio de pares e de possibilidades”, diz a mãe, transbordando de emoção.

Incentivo dos professores
O coração da professora Ivana também bateu mais forte na manhã de hoje. Apesar dos poucos dias para mobilizar a comunidade escolar, ela viu na prática o potencial de uma atividade proposta com amor. 
“O Felipe é o meu primeiro aluno com Síndrome de Down e esta experiência está sendo gratificante. Ele é muito especial, querido, afetivo e amoroso. Cada dia é um aprendizado e eu só tenho a agradecer pela oportunidade de conviver com ele”, enaltece a professora. 
A coordenadora do Ensino Fundamental 1, Silvana Kunel Pereira, reconhece a importância da iniciativa. “Mais do que gostar de vir para a escola com meias coloridas, os estudantes têm a consciência do que se trata este projeto. As diferenças existem e devem ser acolhidas e respeitadas”, orienta. 
Para o diretor do Colégio São Luiz, padre Silvano João da Costa, este 21 de março deve ficar marcado também pelos sentimentos de amor e compreensão, com votos para que sejam vivenciados todos os dias. “O Dia da Conscientização serve para a comunidade escolar refletir sobre temas e situações importantes. Como colégio, queremos valorizar cada vez mais o ser humano, em todos os aspectos e dimensões de sua vida”, frisa padre Silvano. 

Entendimento dos alunos
O estudante Pietro Pires Martire, 16 anos, fez questão de vir para a escola com meias descasadas. Ele tomou conhecimento do projeto no fim da última semana e, ao lado dos amigos, participou deste marco de conscientização. “Eu imagino que seja difícil a aceitação e a convivência, por conta desta condição. O mundo é complicado, as pessoas são complicadas, mas acredito na educação para um futuro melhor”, diz o jovem. 
Ana Alice Kohler, que estuda no Terceirão, também se envolveu no projeto. “Devemos mostrar nosso apoio e gerar este tipo de conversa. Durante o ano, falamos pouco sobre deficiência quando o assunto não é da nossa convivência”, pontua. 
Durante o final de semana, um áudio gravado pela estudante Clarissa Dias circulou entre os grupos de Whatsapp do Colégio São Luiz. Foi o jeito que ela encontrou de engajar mais pessoas ao movimento. “Oi, gente, tudo bem? Desculpa incomodar o domingo de vocês, mas é por uma ótima causa. Amanhã, 21 de março, é o Dia Mundial da Conscientização da Síndrome de Down. Uma ação que acontece no mundo neste dia é o uso das meias trocadas. Isso porque a meia tem o formato muito parecido com o dos cromossomos, que é exatamente o lugar onde ocorre uma alteração genética nas pessoas com Síndrome de Down. A gente vai fazer parte deste movimento porque temos um aluno com Down e queremos que ele possa se sentir mais incluído e ter um dia mais feliz”, disse a adolescente, na mensagem em busca de sensibilização à campanha.

 
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