Faz um mês que as estudantes Anna Lina Schlindwein, Ana Luiza Jonk Rocha e Laura Ruzinsky Schmidt embarcaram para a Alemanha, onde deram início ao projeto piloto de intercâmbio do Colégio São Luiz. Já adaptadas à nova rotina, que envolve aulas de Ensino Médio no Kolleg St. Sebastian, na cidade de Stegen, e o aprendizado do alemão em Freiburg, elas comemoram a experiência, como marco de crescimento pessoal.
“De forma experimental, estamos alcançando o sucesso deste projeto, com um bom retorno das estudantes e de seus familiares. Todas foram bem acolhidas em suas famílias e estão tendo acesso à cultura do país e, principalmente, ao aprofundamento da língua alemã. Espero que este caminho seja aprimorado, para que mais alunos possam viver esta experiência”, conta o diretor do Colégio São Luiz, padre Silvano João da Costa.
O intercâmbio segue até o dia 3 de março, quando as estudantes retornam ao Brasil. “Depois que elas voltarem vamos fazer uma avaliação. Ouvir o que as intercambistas têm para nos dizer: o que foi bom e o que precisa ser melhorado. Também vamos ouvir o diretor do colégio na Alemanha. Só a partir disso será possível tomar uma decisão relativa à continuidade, como um programa oficial do Colégio São Luiz”, diz padre Silvano, que também não descarta a possibilidade de a instituição receber alunos da Alemanha, neste intercâmbio entre as educacionais que integram a Congregação dos Padres do Sagrado Coração de Jesus (SCJ) no mundo.
“Experiência incrível”
Faltam palavras para descrever como foi o primeiro mês de intercâmbio na Alemanha. Incrível, maravilhoso, espetacular e inesquecível foram algumas das palavras escolhidas por Anna Lina, Ana Luiza e Laura, na tentativa de contar o que estão vivendo tão longe de casa.
Apesar da tranquilidade dos últimos dias, e do encantamento de conhecer novas pessoas e novos costumes em um outro país, elas recordam a insegurança e a saudade vivenciada nos primeiros dias. “Sou muito próxima da minha família e fez falta estar longe de quem eu amo. Mas logo tudo foi ficando maravilhoso. Em 20 dias conheci três países, vi neve pela primeira vez e chorei de emoção. Acho que o maior desafio foi sair da zona de conforto e experimentar algo novo, sem ficar preso à rotina”, diz Ana Luiza.
Mesmo com o entendimento do alemão, ela relata a dificuldade de acompanhar as aulas, mas garante que o intercâmbio cumpre seu papel ao proporcionar a troca de experiências entre a família e a comunidade escolar. “Conversamos bastante, todos são receptivos. Quando o professor passa o conteúdo, ao mesmo tempo se inicia um debate, com a participação ativa dos alunos. Aqui pude me conhecer e conhecer novas pessoas e novos horizontes. Está sendo desafiador e, ao mesmo tempo, enriquecedor”, avalia.
Para Anna Lina, a diferença entre a cultura dos dois países foi superada pela acolhida da família, da direção da escola, dos professores e alunos. “Nós tivemos uma conversa com o diretor no primeiro dia, para conhecer a escola e como iria funcionar o intercâmbio. É muito legal a oportunidade pois, além de aprender o alemão, também fazemos novas amizades, e nos aprofundamos na cultura e na forma que as pessoas vivem aqui. Todos estão interessados em saber sobre o Brasil e isso provoca ótimas conversas”, afirma a estudante.
Já Laura tem conciliado a experiência com um curso intensivo de alemão, para voltar ao país com mais fluência do idioma. Ela destaca a independência aprendida neste primeiro mês longe de casa. “No Brasil, tudo depende do carro. Aqui, ando de bicicleta. Hoje já pedalei 24km. É natural, pode estar chovendo ou nevando. Assim, vou para a escola, para o mercado, para o centro da cidade. Estou adorando. Sinto que sou capaz de me virar sozinha, confio mais em mim. Isso é o que de mais importante aprendi até agora”, revela.
Mães aprovam projeto
A representante comercial Roseane Dirschnabel Schlindwein é mãe de Anna Lina e está feliz com a oportunidade vivenciada pela filha. “Ela é muito independente, e está aproveitando o tempo que tem lá. Procuramos não interferir no dia-a-dia dela. E, como costuma lembrar, o grande objetivo é aprender a língua e a cultura. Inclusive, nos dias de folga, a família oferece aulas extras de alemão e vários passeios e experiências, como andar de esqui. Somos gratos ao Colégio São Luiz por esse projeto”, pontua.
Andrea Ruzinsky Schmidt é a mãe de Laura, que está bastante tranquila com o andamento do projeto piloto de intercâmbio. “É algo sonhado há muito tempo por nós e que tem a saudade amenizada através de vídeo chamadas. Também tivemos a oportunidade de conhecer pessoalmente a família que acolheu nossa filha e fomos muito bem recebidos. Posso assegurar que estamos tranquilos e felizes. Podemos dizer que vai passar muito rápido, pois a cada dia ela tem algo novo para nos contar com muito entusiasmo”, relata.
Cristiane Jonk, mãe da Ana Luiza, enfatiza a importância da tecnologia, que encurta distâncias e traz para perto a filha que está distante. “A cada vídeo chamada percebíamos a adaptação acontecendo. Era a escolha certa viver esta experiência indescritível. A família que a acolheu é parecida com a nossa, um casal e mais três filhos. Já conversamos com eles duas ou três vezes e percebemos o carinho e o cuidado. Se pudesse resumir o que sinto em uma palavra, seria gratidão. Gratidão a Deus e ao Colégio São Luiz, pela brilhante iniciativa”, elogia.