Alunos de Filosofia visitam Museu Arquidiocesano Dom Joaquim

Por Aureliano Guedes Filho, Bruno da Silva Teixeira e Vitor Hugo Schmitz

Ensino Superior

12.11.2024 - 10:37:51 | 3 minutos de leitura

Acompanhados pelo professor Me. Eduardo Dalabeneta, no dia 23 de outubro de 2024, os acadêmicos do sexto período do curso de filosofia da Faculdade São Luiz realizaram uma visita técnica ao Museu Arquidiocesano Dom Joaquim, no complexo de Azambuja, em Brusque.

A visita teve como objetivo proporcionar aos estudantes de filosofia um profundo contato com os diferentes tipos de exposições do museu (taxidermia, arqueologia, povos originários, arte sacra, migração etc.) a fim de serem interpelados cultural, política e esteticamente, inspirando, assim, a terem novas vivências e reflexões acerca das realidades culturais, sociais e filosóficas.

O prédio do museu chama a atenção por quem passa em frente. Sua construção, com uma arquitetura imponente, remonta ao século passado (iniciada em 1907). Primeiramente, sua função era a de um hospital (Santa Casa de Misericórdia e sanatório), depois um seminário para os futuros padres da Arquidiocese de Florianópolis e, por fim, na década de 1960, se tornou o atual museu.  

Segundo dados fornecidos pelo Museu de Azambuja, o prédio possui em seu acervo uma infinidade de obras artísticas e históricas da região de Brusque como também de toda Santa Catarina. Este complexo museológico é reconhecido como detentor do maior acervo de arte sacra e religiosa do sul do Brasil (especialmente do barroco popular).

O museu está dividido em três partes, distribuídas nos três andares do Museu: o primeiro andar conta com animais taxidermizados de diversas espécies originárias da fauna estadual e nacional, assim como uma parte da flora, manifestada em madeiras extraídas da mata catarinense em expedições botânicas (xiloteca). Ainda neste andar existe um setor dedicado a minerais e artefatos arqueológicos/paleontológicos; no segundo andar localiza-se o acervo religioso em exposição, especialmente em esculturas, imagens, quadros, paramentos litúrgicos e outros objetos religiosos com valor histórico. Neste andar ainda se encontra uma moeda do Império romano; no terceiro e último andar estão os materiais históricos que recordam a memória dos primeiros migrantes da região brusquense (alemães, italianos, poloneses etc.), assim como objetos dos povos indígenas que aqui já habitavam antes da chegada dos europeus.

Em diálogo com Renan Regel, um dos acadêmicos que participaram da visita, pode-se perceber o valor frutuoso em conhecer um local que reúne diversas etapas culturais da formação da cidade de Brusque. “É muito importante observar a história e a cultura de um local e isso precisa ser feito com uma certa busca pessoal, pois também exige de nós um movimento de saída para conhecer\", disse o estudante.

Consideramos, portanto, como aprendizados obtidos por meio dessa visita técnica, que é necessário ações de preservação para com os patrimônios históricos-artísticos bem como tornar mais acessível e ampliado o conhecimento da história e da cultura local e regional para a sociedade em geral, pois ambos contribuem para o desenvolvimento integral do ser humano, especialmente para os estudantes da educação básica. Mesmo que os recursos da internet possibilitem visitar muitos museus de modo virtual, contudo, nada substitui o “ver como os próprios olhos” uma exposição.